Domingo, 15 de Março de 2009
Um dia as pessoas irão olhar para trás
E aperceber-se de que os verdadeiros erros são cometidos com a intenção de magoar.
Que a verdadeira falta de honestidade e seriedade,
Não é mais do que esconder o que sentem.
Que pior do que uma mentira,
Só dizer o que o outro quer ouvir.
E um dia, as pessoas deixarão de interpretar.
Deixarão de pensar no que o outro quer dizer com aquilo,
E ficar-se pelo que ele está a tentar dizer…
Seria tão mais simples…
E para todos.
Mas as pessoas teimam em julgar.
Em pensar que os outros são como todos os outros que só nos tentam manipular.
E nesse entretanto, estamos a magoar as únicas pessoas
Que sempre se mantiveram sinceras e leais a nós.
Porque essas são as pessoas que valorizamos menos.
Sim, é verdade, não lhes damos o devido valor!
Esperamos que sempre estejam lá, à nossa beira,
Porque nunca tiveram o atrevimento de partir.
Até ao dia em que essas pessoas acham que merecem melhor.
Que merecem estar com pessoas que lhes dêem o devido valor,
Que no mínimo, se acreditem neles.
E porque estou farta de ser a pessoa magoada,
Finalmente ganhei a coragem.
Parti.
Parti, porque já tenho problemas que me cheguem,
Porque se um amigo pede ajuda, tentamos.
Mas se um amigo em vez de desabafar opta por descarregar,
Temos autorização para partir.
Ainda por cima depois de uma tão grande carga de mágoa
Previamente existente, causada pelo outro…
Um dia, tu irás dar valor ao que passei por ti
E deixarás de me julgar.
Um dia, darás valor à pessoa que sempre fui para ti,
E por ti.
E nesse dia, será o dia em que quererás voltar.
Mas nesse dia, será o dia em que eu nunca mais te quererei.
Porque terás demorado demasiado tempo.
Como sempre…
Sinto-me: numa nova fase
Vejo um passado.
Um passado em que fui feliz,
E uma dor imensa que se apodera de mim…
Entreguei-te o meu coração.
Sobre a forma de papel e com as palavras que dele saíram.
E no dia seguinte, deitaste-o fora…
O que é que o meu coração tinha de mal
Para não lhe dares valor?
O que é que o meu coração não deu,
Para não me teres dado nada?
O que é que o meu coração não foi,
Para o magoares tanto?
Agora sei que o defeito nunca foi do meu coração…
O teu coração é que nunca foi capaz de me dar o que eu ansiava…
Mas continuo sem perceber o porquê de a mim tão pouco…
Apenas tenho uma semi-vida, um semi-amor, uma semi-felicidade.
Tudo pela metade!!!
Nunca em pleno…
E tudo tão breve…
É como se a vida para mim não passasse de uma brisa, de um sopro
Chega mas logo parte, não chega a ser vento.
Não se chega a perceber se é confortável ou não…
Logo parte!
É como ter um pedaço de areia nas mãos,
Vai fugindo por entre os dedos
Sem que eu tenha oportunidade de agarrar!
Tudo parte!
E só a dor fica…
A dor e a saudade de um dia se ter experimentado as coisas pela metade.
A dor, e a vontade de um dia experimentar as coisas por mais do que pela metade.
A dor, e a vontade de nunca mais dela ouvir falar.
Sinto-me: pensativa
Sábado, 14 de Março de 2009
Hoje fizeram com que me recordasse deste sítio...
Fica a promessa de um dia cá voltar, mas com uma história diferente para contar, e esperemos que não tão negra.
Até lá vou esperar até que o talento volte...
Terça-feira, 9 de Setembro de 2008
Há coisas que estão passadas.
Passadas, e mais importante que tudo, ultrapassadas.
Mas ainda assim, há coisas que ainda doem.
Não o facto de teres outra pessoa.
É normal, e eu já estava à espera.
O que dói no fundo,
É que para mim não tinhas tempo,
Mas no meio da tua ocupação
Arranjaste tempo e espaço no teu coração
Para outra pessoa.
Os motivos que me deste,
Afinal não eram tão verdadeiros quanto os quiseste fazer soar…
Dói também nunca me teres dito o que sentias por mim.
E agora eu cruzar-me com um adoro-te para outra pessoa…
Magoa, por nunca me ter sido dito.
E ainda mais do que isso, magoa não teres tido frontalidade.
És meu amigo, não deverias esconder outra pessoa.
Deverias ter tido essa coragem.
Não vou mentir que dói.
Mas dói apenas pelo que aqui apresento.
Dói, porque sempre esperei essa frontalidade em ti.
Ainda ontem vi o que escondias, e ainda assim, disfarçaste.
Sei que não me deves explicações da tua vida,
E que não tenho o direito de te pedir nada…
Mas tanto tempo que temos passado juntos,
Seria de esperar que a tivesses mencionado.
Assim, outras coisas não teriam doído.
Agora sou eu que pergunto:
Quando é que posso acreditar em ti?
Sinto-me: desiludida?
Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008
Sinto-me só.
Como se fosse supérflua à vida de todos.
Como se ninguém sentisse qualquer falta minha
Como se todos estivessem melhor sem mim.
Não me sinto importante, não sinto que alguém goste de mim…
Apenas me sinto um estorvo, um acessório,
Algo de não necessário mas cuja presença se tolera…
Como se pudesse assistir à vida mas não participar nela.
Vida madrasta!
Tudo o que eu quero me foge…
Toda gente sempre acaba por me abandonar…
Ninguém se esforça para me fazer deixar de sentir esta dor!
Só vejo gente que merecia ser feliz a sofrer
E pessoas que nada valem têm alguém do seu lado que as estima…
Porquê a mim?
Porquê uma vida tão sofrida?
Porquê esta sensação permanente de falta,
De abandono, de buraco aberto no meu coração?
Porque é que sinto sempre que a felicidade não esta reservada para mim?
Como se o amor nunca fosse voltar?
Porque é que tudo tem que doer e tão intensamente?
E porque é que sinto que o meu destino só me vai desiludir
E trazer ainda mais dor?
Porque tenho a certeza de que não voltarei a ser feliz??
Queria tanto para mim e para a minha vida…
E o meu tanto é tão pouco!
Eu só queria ser feliz…
Não a felicidade dos filmes…
Apenas conseguir passar os meus dias sem sombra de tristeza,
Conseguir manter um sorriso,
Deixar de sentir este aperto no coração de cada vez
Que me lembro daquela vez em que fui feliz…
Ajudem-me…
Segunda-feira, 28 de Julho de 2008
Um pouco de paz, um pouco de estabilidade.
Um pouco de tudo, um pouco de nada…
Finalmente consegui encontrar o lugar
Onde a partir de agora vais morar no meu coração.
Finalmente consegui perdoar-me,
Por não te ter conseguido fazer ficar.
Finalmente as lágrimas pararam de cair,
E as noites de sofrer.
Encontrei um pequeno lugar em que podemos ser felizes,
Amigos, como dantes, como sempre.
Finalmente consigo encontrar um novo caminho para mim.
Um caminho menos sofrido,
Menos retalhado, menos sombrio…
Mantendo-te na minha vida,
Do mesmo jeito que entraste nela.
Demasiado de algo, é mau que chegue.
Se for demasiada dor, então, é insuportável.
Mas demasiado de nada, é tão duro quanto isso…
Sentir-me só era o que mais doía…
E finalmente a dor parou.
Não digo que às vezes, certas coisas doam,
Porque têm que doer.
Mas a dor que sentia em mim,
Que me atormentava, me tirava o sono,
Essa felizmente se foi.
E só tenho que estar feliz por isso.
Já não aguentava as noites sofridas…
Sentia-me a enlouquecer, a perder a noção de tudo…
Estava a ser consumida pela dor!
Agora, felizmente, só vejo perspectivas de bonança.
Encontrei o meu equilíbrio,
Que há tanto tempo procurava…
Estou a um passo de ser feliz.
Sinto-me: melhor, muito melhor
Sexta-feira, 18 de Julho de 2008
O meu amor não volta.
Se fosse para voltar, já o teria feito…
Tenho que o guardar bem fundo,
Para não me magoar mais.
Mas guardá-lo-ei para sempre com carinho.
Com aquele mesmo carinho com que me fez amá-lo.
Faz parte de mim, mas já não posso deixar que me faça sofrer.
O meu amor não merece tudo o que doeu,
Tudo o que sofro e tudo o que magoa.
O meu amor foi e não volta mais.
Foi porque quis e ainda me acusou.
O meu amor não merece o meu amor.
Não merece, porque nunca me amou…
Não do jeito que me fez ama-lo!
O meu amor partiu.
Para longe… longe do meu alcance.
Para que eu nunca mais o alcançasse.
O amor abandonou-me.
Deixou-me só, despedaçada.
Pior do que isso, sem forças.
E nunca pediu perdão…
O meu amor vai ser guardado em mim.
Não o vou esquecer nunca.
Mas não vou permitir mais dor.
O amor deixou-me, mas não o vou deixar.
Vou deixar que ele saia de vez, mas de mansinho.
Vou deixar o meu amor sossegado no meu coraçãozinho,
Até já não mais precisar dele.
Mas ainda assim, vou deixar espaço para outro amor chegar.
Porque este amor não pode ser para sempre.
Se este amor tivesse sido para sempre,
Não me teria deixado só.
O meu amor não me pode fazer sentir só.
O amor é suposto ser o contrário!
Tem que servir para saber que um dia não estive só.
E que se isso aconteceu uma vez,
Há-de acontecer de novo.
O meu amor há-de ser uma memória sem mágoa.
Sinto-me: diferente
Sábado, 5 de Julho de 2008
Porque é que eu quero tanto algo que não vai voltar nunca?
Porque é que eu sofro tanto por uma dor de há tanto tempo?
Porque é que os meus medos insistem em voltar com cada vez mais força?
Porque é que a dor em mim é tamanha que me sinto enlouquecer?
Porque não consigo simplesmente aprender a lidar com isto?
Porque é que sinto sempre as coisas tão intensamente?
Porque é que tudo acaba por ser tão sofrido?
Que raio de maldição me lançaram,
Que não consigo encontrar felicidade alguma?
Porque é que o meu passado, presente e futuro,
Me parecem tão negros
E sem esperança de mudança?
Eu só peço que deixe de doer…
É a única coisa que realmente quero!
E a única coisa que não consigo ter!
A dor vem do nada, do nada se alimenta,
Instala-se em mim e destrói-me!!!
Cada vez que vem sinto-me um passo mais próxima do abismo,
Na berma da loucura!!!
Já não aguento esta dor,
Está-me a destruir…
E mesmo que eu peça ajuda,
Ninguém me pode ajudar!
E quem realmente poderia não o faz…
Porque é que eu não consigo simplesmente ultrapassar isto tudo?
Já fui tão forte no passado ao ultrapassar coisas bem piores,
E agora não consigo ultrapassar isto…
Porque é que entraste tão dentro e porque é que nunca saíste?
Porque insistes em ficar acomodado no meu coração
A atormentar-me?
Há duas maneiras da dor parar.
Mas nem tu nem eu conseguimos que ela pare.
Eu não te consigo tirar de mim,
Nem viver contigo dentro de mim!
E isso está-me a destruir…
E tenho medo do que pode acontecer…
Queria a tua ajuda mas sei que a não vou ter.
Porque é que tudo é tão duro?
Música: Why - Melanie C
Sinto-me: em baixo
Quarta-feira, 25 de Junho de 2008
O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...
(Álvaro de Campos)
Sinto-me: exausta...
Domingo, 22 de Junho de 2008
Estou imersa em trevas.
Não consigo ver para além delas,
Tudo o que contemplo é escuridão.
O passado, o presente e o futuro,
Estão imersos numa névoa que não deixa luz alguma passar.
Não vejo coisa alguma, apenas sinto fragmentos de sentimentos.
Raiva, tristeza, um amor que bate num único coração,
Ódio, mágoa, necessidade de ajuda…
Sinto o meu coração como um poço sem fundo de negrume.
Sinto o meu destino como uma tela pintada a uma só cor.
Nada me é permitido ver, só apenas essa escuridão.
Parece haver algo além das trevas,
Mas esse algo está bloqueado…
Lua alguma consegue penetrar e iluminar a névoa…
Olho para o meu caminho até aqui e tudo é escuridão…
Olho para o caminho a minha frente e só sinto dor…
Não vejo nenhum outro caminho por onde possa escapar,
Não há ninguém ao meu lado para me apoiar!
Só uma presença sombria que parece que me amaldiçoou
E lançou os seus demónios para me atormentarem!
A esperança e a alegria foram sugadas deste local…
O meu rosto ao espelho só está completo na presença de lágrimas…
Parece não haver saída alguma…
Estou imersa numa escuridão tão densa
Que não encontro mais nada para além dela!
Nada parece fazer sentido algum,
Nada vale a pena, tudo e tão pouco…
Só tenho vontade de fugir, fugir de mim,
Do interior do meu pensamento,
Mas não há para onde ir!!!
Precisava de sair da minha rotina,
De viver mais um pouco,
Mas de momento não tenho escolha alguma…
E ainda por cima tudo me corre tão mal…
Estou rodeada por tanto negativismo que parece não haver escapatória…
Sinto-me a ficar cada dia mais louca
E a não ter como escapar a essa loucura…
A Lua mais uma vez abandonou-me…
Agora nem me deixa ver o caminho.
Nem um raio de luz passa estas trevas…
Sinto-me: desespero e loucura